24.2.06

Sinto

Nada.
Empatia.
Saudade.
Tristeza.
Decepção.
Nostalgia.
Preguiça.
Cansaço.

(...)

13.2.06

Resumidamente, é isso.

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

é claro, do Drummond.

7.2.06

Só por isto.

Algumas pessoas se desinteressaram ou se afastaram de mim só porque eu não estou mais aqui para enfeitar a vida delas. Na verdade, eu nunca estive aqui para enfeitar a vida de ninguém.

Mas é bom a gente ver com o tempo quem são os que ficam, e quem são os que vão.

E é melhor ainda, poder contar com uma ou duas ou três pessoas, que só com um olhar fazem você mais calma, mais feliz. Mais estruturada.

As vezes assusta o jeito que só a sua voz faz meu coração querer bater tão rápido para ver se salta fora e junta com o seu.

Independente de muita gente ter desaparecido da minha vida, estou mais feliz que nunca. O curso da faculdade é exatamente tudo o que eu queria, os projetos em andamento estão dando ótimos resultados, e os amigos que permanceram fazem uma diferença incrível na minha vida.

Finalmente os bons ventos chegaram.

É tempo de total estruturação para a próxima tempestade.

2.2.06

Aham

Até o azedo Limão chega a um fim.
Ao bagaço.
Ao descabelamento.
À inutilidade.
Mas ele só o faz,
se dividir-se em dois.
[não é mesmo?]