31.10.05

Fuck Off

Você sabe o que é ter ataque de rinite numa casa com 5 gatos?
Você sabe o que é ficar a noite inteira acordada, espirrando, assoando o nariz, e lavando o rosto de 5 em 5 min? E depois ainda ter que ir trabalhar? Num dia de luto familiar? E quererem te arrastar pro velório do seu tio-avô, nas condições em que você se encontra "pra conhecer os primos que você tem e não sabia?"

Poupe-me.

Minha vida é um inferno e esqueceram de me avisar.

26.10.05

Hoje não.


Agora não quero ouvir vozes.
Nem brincar de ciranda.
Ou jogar os dados.

Agora não quero fingir de morta.
Nem de feliz.
Ou de arrependida.

Agora não quero estar aqui.
Nem lá.
Ou acolá.

Agora não quero sorrisos falsos.
Nem hipocrisia matinal.
Ou sentimento de culpa.

Agora eu só quero uma cama.
E talvez você nela.

24.10.05

Se o amor é platônico

Não há nada que o destrua. Que o machuque. Que o faça enfraquecer.

É um milhão de vezes mais intenso, mais perfeito, e 100% seguro.

A thousand times better.

É como estar pisando em terra firme, saber onde se vai, e ainda por cima, estar plenamente completo e feliz.

É imaginar tudo e, esse tudo, ser verdade para você.

E nada mais importar.

Na verdade, nem a pessoa objeto do amor platônico ela-mesma necessita estar lá. Ou aqui. Ou em qualquer lugar.

20.10.05

"Tem lugares que me lembram minha vida e por onde andei"

Quando pequena, por costume familiar, sempre que estávamos doentes éramos levadas à uma farmácia do bairro vizinho para que o homeopata conhecedor de ervas cuidasse de nossos males. Sempre fora muito requisitado tal senhor de fisionomia pontuda, e bigode grisalho (suponho eu que se tivesse algum cabelo, também o seria). E como boa criança, mesmo doente, nunca para quieta no lugar, como se milhares de mãozinhas estivssesm beliscando sua bunda 100% do tempo, tive lá minhas peripécias pela farmácia.
Lembro-me saudosamente de um certo cubículo da farmácia que externamente continha vitrinas e bancos, e internamente havia uma área livre para que algum atendente ficasse ali, mostrando os produtos aos clientes, se assim requisitado.
Felizmente, aquele cubículo mágico, como eu costumava chamar, era raramente lembrado por qualquer atendente que ali trabalhava. Fazendo dele assim, uma tentação às crianças doentes frequentadoras dali.
Liderei desde guerras mundias à expulsão de estranhos querendo entrar no meu forte, construído no cubículo mágico.

Hoje passei por lá. Não existe mais farmacêutico homeopata. Nem farmácia. Muito menos cubículo mágico.


*aviso aos navegantes: eu sei que esse título é um empréstimo da música que a volks resolveu usar no comercial do GOL, mas como vocês são conhecedores da minha deficiência em relação aos subjects, e quando vossa amiga resolveu sentar no computador para contar essa medíocre história, a tevelisão estava ligada e passando exatamente este comercial, e nada melhor que unir o útil ao agradável, não?
Hm, vontade de comer doce de côco queimado.

17.10.05

What about home?

É difícil voltar à realidade.

Ao stress do dia a dia.
Às noites mal dormidas.
Atrasos na hora de chegar ao trabalho.
Preguiça de fazer a janta.
Sono na hora do almoço.

(...)

E muito, mas muito cafézinho seguido de um cigarro.

13.10.05

Indubtavelmente você

Que me atormenta nas últimas noites antes de dormir. Ocultamente envolto na sombra dos lençóis. Nas voltas do meu cabelo. No cheiro cítrico do ar.

Às vezes precisa-se refrescar a memória de onde certas coisas devem permanecer.

Mesmo que a nossa vontade seja embaralhar, descartar, blefar e, quem sabe, jogar sujo.

To your position, kiddo. NOW.



Não se importe em entender o que está escrito aqui. Jamais.

Perdi o isqueiro

[cara de alussinada]

Isso não é um bom presságio.

Again.

[gargalhada]

10.10.05

Quando o ódio é requisitado


Quando o trem resolve descarrilar, todos os vagões, um a um, vão descarrilando junto.
Quando o trânsito está parado, e um carro bate na sua traseira, você bate no carro da frente e assim por diante, causando um engavetamento.
Todas as formas de manifestações negativas acontecem em seguida, de forma rápida e sucessiva, sem você ter um tempo pra respirar fundo e pegar ar.

Ou será que é só comigo que isso acontece?

Aquele dia que não deveria existir. Que definitivamente tudo, dá errado. Até as coisas que você imaginava que fossem impossíveis de falharem. Falham. Uma atrás da outra.

Ei, você que inventou o universo e o decorrer da vida, será que dá pra inventar uma pausa mediana entre os eventos negativos de um dia? ou de uma semana?

Maldita Lei de Murphy.

7.10.05

Emptyness

A profunidade rasa do seu olhar.
A total falta de sentimento no ato involuntário de sorrir.
Em vão.

Aqueles braços alheios não lhe causam mais proteção.

Ou talvez ela não precisasse mais de tal artifício.

Era tudo um faz de conta, anyway.

Ei, não vá se perder por aí!

meus rabiscos antigos:
www.livejournal.com/~luilak

Dá-lhe coca cola e bastonetes nicotífetos fumegantes.
E mais uma noite a dentro.

6.10.05

Ignorem este post.

Porque às vezes a gente se sente como não deveria.
E algo irrelevante se torna de importância incalculável.
E o peito racha no meio como se formasse um canyon
e quisesse te dizer alguma coisa.

Que você não entende.

Tem alguém aí?

Acho que não.

Melhor eu ir embora,
e não esquecer de jogar
as chaves fora.

3.10.05

O homem é uma dízima periódica



Pois bem, não é a primeira vez que me dizem que as palavras que eu vou colocar a baixo são a minha cara.

Mexo e remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira sabe o que que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira, nem sou puta
Porque nemToda feiticeira é corcunda
NemToda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanqueFama de porra louca...tudo bem
Minha mãe é Maria ninguém
Não sou atriz
Modelo ou dançarina
Meu buraco é mais em cima

Literalmente, tinha acabado de acordar quando me clicaram nessa daí.
Posteriores comentários sobre o final de semana maravilhoso, amanhã.