9.1.07

rilke e o amor.



"O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. Que sentido teria, com efeito, a união com algo não esclarecido, inacabado, dependente? O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser.
Nesse sentido, não poderia deixar de ser um sentimento grave, profundo, e permeado de constante seriedade.
(...)
... se perseverarmos, apesar de tudo, e aceitarmos esse amor como uma carga e um tirocínio em vez de nos perdermos na fácil e leviana brincadeira que serve aos homens para se subtraírem ao problema mais grave de sua existência – então, talvez, um leve progresso e alguma facilidade venham a ser experimentadas [...] e esse amor será mais humano [...] assemelhar-se-á àquele que nós preparamos lutando fatigosamente, um amor que consiste na mútua proteção, limitação e saudação das duas solidões."


fácil assim, né?

socorro.

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