1.3.08

Aí um dia

Você cai na real. Na real mesmo. Começa a perceber que as coisas estão mesmo do jeito que eram para ser, que a sandália é velha mas não te machuca o pé, que não é uma música ou um texto que vão definir você. Você lembra de tudo que esqueceu enquanto não estava por aqui, como o cheiro do vômito dos amigos bêbados numa noite desastrosa, como acordar as 13h no domingo e poder dormir mais quanto quiser. De fazer peripécias culinárias com as amigas e todas terem de provar as gororobas testadas. De falar mal de homem. De sexo. Do cheiro do esmalte. Da chochilada no ônibus, ficando atenta para acordar depois da segunda lombada após a curva maior que o onibus dá. Da dor de dente. Das espinhas de chocolate. De lavar toda a louça do final de semana. Do gato se esfregando na sua perna. De tomar um real banho de chuva. De um sorriso do estranho, e da palavra de carinho do desconhecido. De arrotar na frente dos amigos que se tem pouca intimidade.
E de repente, do nada, você percebe o real valor de tudo isso. Estima. E isso, te causa uma perspectiva gigantesca para o futuro. Para onde? Whatever.

Desde que eu ainda esteja aqui comigo.
E não saia mais.


Nem por nada, e nem por ninguém.


[...]

Adoro.

Um comentário:

Anônimo disse...

peço desculpas então, Babi. foi uma coincidência infeliz apenas então. talvez porque ainda estava pensando demais sobre o q falamos. entendo se vc já nem tava mais pensando nisto.
e não quero bancar coitado e te odiar, afinal não sou imaturo assim. q confundo ironia e sarcasmo com cutucar demais alguém. vc não faz isso o tempo inteiro, de vez em quando só. eu nunca faço, e não q isso seja uma qualidade minha, pelo contrário é um defeito porque deixo de falar o que penso em certos momentos para não poder criar algum tipo de conflito. mas, por isso pensei q vc estava sendo sarcastica no momento.
não tinha reparado no treco saindo da bunda dele. rs